Sim, elas podem — especialmente quando encontram, em uma Família Acolhedora, o cuidado, o afeto e a estabilidade que precisam para florescer.
Muita gente ainda associa o acolhimento a tristeza e abandono. Mas a realidade pode ser bem diferente. Com o apoio de uma equipe técnica especializada e o compromisso das Famílias Acolhedoras, é possível construir uma rotina cheia de carinho, respeito e pertencimento. Assim, a criança volta a brincar, a sonhar, a fazer planos. Ela se sente segura, confiante e, acima de tudo, feliz.

A Família Acolhedora tem um papel essencial nessa jornada. Diferente de um abrigo, onde várias crianças e adolescentes convivem juntos sob os cuidados de uma equipe, no acolhimento familiar a atenção é individualizada. Todo o olhar da família é voltado para aquela criança: suas necessidades, seus sentimentos, seu tempo e seus desafios. É um ambiente onde ela pode receber não só os cuidados básicos, mas também a escuta atenta, os abraços sem pressa e os estímulos certos para seu desenvolvimento.
É no colo acolhedor, na rotina da casa, nas pequenas conquistas diárias — como aprender uma nova palavra, fazer um desenho colorido ou convidar um amigo para brincar — que a criança encontra motivos para sorrir de novo. É assim que ela resgata a autoestima e ganha força para superar um momento difícil.
Ser feliz durante o acolhimento não é apagar o passado, mas sim abrir espaço para novas memórias. É construir, dia após dia, uma história com dignidade, proteção e amor.
No Lar Casa Bela, vemos isso acontecer todos os dias. Cada criança que chega é recebida com o cuidado que merece e encontra, nas Famílias Acolhedoras, a chance de viver uma infância com direitos garantidos e afeto verdadeiro.
“A suprema felicidade da vida é a convicção de que somos amados; amados por nós mesmos, ou melhor, amados apesar de nós mesmos.”
Victor Hugo